Como curiosidade, este grupo de animais são capazes de regenerar os membros e a cauda se estes forem decepados, o que pode acontecer por predadores.
Os anfíbios são controladores naturais de pestes, sendo um benéfico colaborador para os agricultores bem como um activo defensor da saúde humana, pois, ao caçar insectos e outros animais nocivos, está a aumentando a produtividade agrícola e a reduzir a propagação de doenças, como a malária, transmitida por mosquitos, ou a Leptospirose, bactéria transmitida ao homem pela urina de ratos que pode ser mortal.
Os anfíbios são excelentes indicadores de qualidade ambiental. Por terem uma pele altamente permeável são particularmente sensíveis a contaminantes ambientais, que entram facilmente e de forma directa no corpo, tornando-os assim importantes sentinelas para potenciais ameaças ao Homem.
De um modo geral a salamandra prefere um modo de vida solitário pelo que produz um cheiro para demarcar o seu território, mas o macho também tem a capacidade de produzir uma feromona para atrair parceiros na época do acasalamento.
O seu ciclo de vida começa na água pelo que foi fácil observar pela quantidade de larvas de salamandra-de-costelas-salientes que obtivemos nas diversas amostragens.
A maior espécie de salamandra conhecida é a salamandra-gigante que é natural da China e do Japão e que pode chegar a medir uns impressionantes 160cm de comprimento. A maior salamandra da Europa é a salamandra-de-costelas-salientes que pode chegar a medir 30cm de comprimento.
No âmbito das nossas saídas de campo identificámos duas espécies de Urodelos: - A Salamandra-de-costelas-salientes (Pleurodeles waltl) e a Salamandra-de-pintas-amarelas (Salamandra salamandra).
Tem uma actividade preferencialmente aquática e nocturna e alimentam-se à base de larvas, moluscos, minhocas e pequenos peixes. Podem ser encontrados na Península Ibérica e Marrocos.
Segundo dados, em Portugal não está ameaçada de extinção, no entanto, enfrenta alguns factores de ameaça como o abandono dos usos tradicionais dos solos transformando as massas de águas superficiais e é de destacar a introdução de uma espécie invasora no seu habitat que a pode predar; o lagostim-de-rio-americano (Procambarus clarkii) ou também designado por lagostim-vermelho, uma espécie introduzida no nosso país, tem sido apontado como o responsável pelo desaparecimento desta salamandra de algumas áreas. Este lagostim foi identificado na zona e acredita-se que existam em grandes números.
Segundo estudos, na maioria das populações, os indivíduos não atravessam um verdadeiro período de hibernação, estes estivam enterrados no fundo dos charcos ou ocultos debaixo de pedras e terra, isto pode ser a explicação do “desaparecimento” destes exemplares nesta zona depois dos charcos secarem.
Com hábitos essencialmente nocturnos e crepusculares, as salamandras-de-costelas-salientes costumam permanecer nas zonas mais profundas do charco durante o dia, vindo esporadicamente à superfície para respirar. Ao anoitecer, aproximam-se das margens para se alimentarem, detectando os alimentos sobretudo pelo olfacto uma vez que não primam pela visão.
A salamandra-de-pintas-amarelas (Salamandra salamandra) também designada por salamandra comum ou salamandra-do-fogo, exibe uma coloração preta ponteada por manchas amarelas. Apesar da coloração que pode afastar os predadores por os alertar para uma possível toxicidade, esta apenas segrega substâncias tóxicas, mas benignas, geralmente com efeitos irritantes e passageiros. Esta substância tóxica é produzida numa glândula na parte de trás da cabeça e só é segregada em caso de ameaça.
Ao contrário da salamandra referida anteriormente, esta, na fase adulta tem propensão a ter uma vida mais terrestre, no entanto a sua alimentação assenta sobre os mesmos organismos e a sua visão é mais apurada. Na fase adulta varia entre os 14 a 20cm sendo raro encontrar exemplares maiores que 23cm.
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