quarta-feira, 27 de abril de 2011

Quem somos

O Projecto “Poça, Pocinha, Poceirão”, surgiu no âmbito do ano da Biodiversidade, pelas mãos dos docentes de ciências do 2º e 3º ciclos do Agrupamento de Escolas José Saramago (Poceirão), tendo ganho o prémio para desenvolvimento de ideia (2ª fase) da Ciência na Escola, promovido pela Fundação Ilídio Pinho. Tem como grande objectivo despertar nos alunos o interesse pelo estudo das questões ambientais, levando-os a descobrir, investigar e valorizar os charcos locais que se formam nas épocas de chuva, bem como a sua biodiversidade enquanto grandes laboratórios vivos.

O Agrupamento de Escolas José Saramago insere-se numa zona rural do concelho de Palmela, abrangida por duas freguesias (Marateca e Poceirão), sendo a vitivinicultura a principal actividade económica desenvolvida. Nas zonas limítrofes do Poceirão, durante a estação das chuvas, começam por aparecer algumas  poças, que posteriormente se transformam em charcos. Embora estes charcos possam ter uma duração variável com as chuvas, chegam a permanecer activos quatro ou mais meses.
Os charcos são particularmente vulneráveis à poluição, devido ao baixo volume de água que conseguem armazenar, resultando numa reduzida capacidade para diluir os poluentes. Nestes ecossistemas, pequenas alterações no meio podem originar flutuações ou mudanças ecológicas.

Com este projecto pretende-se aferir a biodiversidade local e foram envolvidas turmas desde o pré-escolar até 9ºano, incluindo o clube de ciências da escola sede. Têm vindo a ser desenvolvidas as seguintes actividades regulares de exploração científica:

  • Inventário de charcos nas zonas envolventes das escolas agrupadas das turmas envolvidas no projecto;
  • Recolha de água e organismos (fito e zooplâncton, insectos e pequenos vertebrados);
  • Observação das amostras com lupas de mão, lupas binoculares e microscópios ópticos;
  • Registo foto e videográficos, ilustração das amostras observadas com vista à classificação taxonómica e inventário biológico dos charcos;
  •  Registo de parâmetros físico-químicos nos locais das colheitas (temperatura, pH, condutividade), para relacionar com fenómenos biológicos em curso;
  •  Registo foto e videográfico de todas as etapas do projecto com vista a divulgação à comunidade;
  •  Elaboração de um livro digital com a identificação e descrição científica das espécies identificadas bem como todas as conclusões do trabalho realizado.